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Modelos de dist. geograf.

 

Modelos de distribuição geográfica


Existem diversas técnicas que podem ser utilizadas para modelar registros de ocorrência e projetar as distribuições geográficas potenciais (ver Elith et al. 2006). Porém, um problema geral na modelagem de distribuições potenciais é a falta de dados, que é ainda mais crítica em regiões megadiversas e que, ao mesmo tempo, possuem pouca tradição em pesquisa. Esse é exatamente o caso da região Neotropical e do Brasil e, mais especificamente, do Cerrado. Assim, existe uma dificuldade em utilizar métodos mais poderosos que se baseiam em dados de presença-ausência, e, como alternativa, o foco das análises de modelagem esta concentrado em métodos que utilizam apenas dados de presença, como os utilizados pelos softwares GARP (Genetic Algorithm for Rule Set Production) e MAXENT (Maximum Entropy).
Para ilustrar a aplicação desses métodos, foram utilizados apenas 8 registros de ocorrência de Micrurus brasiliensis (Serpentes, Elapidae) na região do Brasil central. Esses dados foram modelados pelo MAXENT utilizando 5 variáveis ambientais. A distribuição potencial apresentada na Figura 8 mostra a probabilidade de ocorrência da espécie, e os mapas mais elaborados obtidos são portanto bem diferentes dos mapas de contorno que em geralmente são usados em trabalhos macroecológicos. Por outro lado, é importante ressaltar que esses mapas são em geral sobrestimativas da distribuição atual e mostram uma distribuição potencial (reflexo do nicho fundamental da espécie), já que se assume total “equilíbrio” entre distribuição e ambiente (de modo que eventos históricos, tais como falhas de dispersão sobre barreiras, ou tempo insuficiente para colonização, por exemplo, não são considerandos) e que interações entre espécies não explicam sua distribuição ou co-distribuição.

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